terça-feira, 24 de agosto de 2010


CONTEXTO HISTÓRICO



-Politicamente, o país vive a agonia de um regime monárquico, que só terminaria em 1910, com a proclamação da república;
- Influenciados pelo fascismo italiano, os integralistas organizam-se politicamente em 1914. Em 1926, surge o Estado-Novo, sob a ditadura de Salazar que permanece durante os anos de 1933 a 1974. Mesmo assim, a produção artística não cessa; Revolução dos Cravos, foi uma das poucas ações pacíficas bem-sucedidas no país. A intenção do Movimento das Forças Armadas era, desde o início, garantir que o vermelho atribuído ao processo fosse somente o das flores.


1ª GERAÇÃO – GERAÇÃO ORPHEU


Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro foram os mais famosos participantes da revista Orpheu que deu origem à primeira geração do Modernismo português: o Orfismo ou geração Orpheu, cuja atuação, entre 1915 e 1927, coincidiu com a vigência da chamada “República Jovem”, a Primeira República portuguesa.


O núcleo fundamental do Orfismo foi a revista Orpheu (1915), que teve dois números. O primeiro foi um projeto luso-brasileiro, com a direção de dois brasileiros. Luis Montalvor e Ronald de Carvalho; o segundo número, mais expressivo, teve a direção de Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro. As demais revistas, que aglutinam as novas tendências, tiveram também duração efêmera: Exílio e Centauro (1916), Portugal Futurista (1917), Contemporânea (1922/23) e Athena (1924/25).


Os traços marcantes da Geração Orpheu são as tendências futuristas (exaltação da velocidade, da eletricidade, do "homem multiplicado pelo motor"; antipassadismo, antitradição, irreverência). Agitação intelectual, "escandalizar o burguês", o moderno como um valor em si mesmo.

- domínio da metafísica e do mistério (Meta = depois, além; Physis = física). Neste sentido, a metafísica é algo intocável, que só existe no mundo das ideias.
- desejo de “escandalizar” o burguês
- desajuste social e cultural
- cosmopolitismo considera os homens como formadores de uma única nação, não vendo diferenças entre as mesmas, avaliando o mundo como uma pátria.
- elitismo
- incorporação das propostas das vanguardas


2ª GERAÇÃO – GERAÇÃO PRESENÇA


Em 1927, um grupo de artistas fundou uma nova revista, Presença (cujo primeiro número saiu a 10 de Março, vindo a publicar-se, embora sem regularidade, durante treze anos), que tentou retomar e aprofundar as propostas de Orpheu. Contando com a colaboração de alguns participantes da geração anterior, os "presencistas" defenderam uma arte de caráter mais psicologizante. Seus principais representantes foram: José Régio, João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca.


3ª GERAÇÃO – GERAÇÃO NEO-REALISTA


Esta se coloca contra as posturas da anterior, principalmente pela defesa do engajamento da literatura, da sua contribuição na conscientização do publico leitor, quanto aos problemas sócio econômicos e políticos do país. Também era sua função conscientização dos males da censura, e retrata um país conturbado pela ditadura e pela 2ª guerra. Ferreira de Castro, Carlos de Oliveira, Fernando Namora, Alves Redol, José Cardoso Pires e Vígilio Ferreira são alguns de seus principais representantes.

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